sexta-feira, 18 de maio de 2012

O corvo diz "Nunca mais..."



À passos lentos me segue a solidão
Faz tremer meu corpo fraco, largado no chão.
Pra sempre presa a fantasmas do passado
E junto deles arrasto meus pecados.

Caminho na chuva com calma
Olhos virados na sua direção
Eu posso ver sua alma 
Não diga que não.

"Nunca mais" escuto o corvo a sussurrar
"Pra sempre te amarei mesmo sem te amar", grito ao me desesperar
Corro na chuva sem calma
As gotas me ferem a fio de navalha.

Não vá, ainda não
Temos um por-do-sol
Dançaremos embaixo do lençol
E abraçaremos nossa solidão.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Ao corvo


Resguardava-me em minha tristeza paralela.
Quando um corvo veio aminha janela.
Pousou em minha mão.
Soprou-me um segredo que vinha do coração.

Falou-me da borboleta de varias facetas.
Às vezes bruxa, às vezes fada.
De adaga com lamina afiada.
Amante da lua prateada.

Conta-me estar fascinado pela beleza sedutora.
Mal sabe o pobre corvo.
Que também me contou um segredo à borboleta encantadora.
Que de tanto sonhar acordada.
Voando sem asas.
Pelo corvo profeta se sente apaixonada.

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