segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Agonizando


Eu, verme sombrio
Rastejo pelo quarto vazio
Quatro paredes
Silêncio, calafrio.

Meus pulsos e punhos
Cortados, frágeis
Agarram sem sucesso
A minha liberdade.

Não há mais cortes
Feridas se fecham
Com  um simples toque.

Cativa, sozinha
Sem amor, sem dor, sem rancor
Esta tudo perdido,
Tudo destruído
           E acabou.

sábado, 12 de novembro de 2011

Sonho de Primavera


O vento bate na janela
E traz o cheiro do jardim,
Das flores que nunca tive na primavera.

O sol já nasceu
Mesmo assim a estrela brilha,
Tão perto que quase posso tocá-la

A meia noite, na luz negra
Nas sombras do vale
Borboletas multicoloridas
De beleza e de dor.

É irreal, é imaginário 
esse é o meu mundo 
meu sonho de amar
De sentir meu coração palpitar.

Fallen


A solidão se apossou
do meu coração ferido,
Os dias longos distanciam,
quem um dia me foi querido.

Tantas dores só tornaram
Meu semblante mais sombrio,
Na penumbra onde vivo,
Cai a noite vem o frio.

O sofrimento me afastou
Até esse mundo sem cor,
As feridas ficam abertas maltratadas pelo rancor.

Os meus ouvidos já cansados
Vivem agora na escuridão,
A luz do sol me fere a alma,
Meu abrigo é a solidão.

Tristeza


Há um vazio em mim,
Uma sombra escura que me cerca,
Achei que tinha tudo o que precisava
Mas sinto que isso não basta.

Sento no calçada,
Escondo meu rosto com as mãos,
E quando tento me encontrar, a lágrima cai ao chão
E uma imensa tristeza invade meu coração.

Me perdoe se não lhe dou um sorriso,
Mas o desconcerto do meu abrigo é por falta de proteção.

Nesse chão de estrelas te presenteio a fantasia,
Da minha falsa alegria,
Como apenas uma mera ilusão.

Não consigo entender o que falta
Mas peço a deus que isso chegue ao fim,
Enquanto isso
Procuro em mim um caminho pra seguir ao teu lado,
E me encontrar de novo será um sonho realizado.

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